[PT] Nascida no Porto em 1997, Catarina Figueiredo é uma poetisa à procura do seu próprio lugar na Literatura. Licenciada em Línguas e Literaturas Europeias pela Universidade do Minho, deseja tornar-se professora e ensinar às crianças a língua inglesa. Apaixonou-se desde cedo pelas histórias e foi através dos livros que, durante a adolescência, começou a escrever. Em 2021, cria o “Pensamentos de uma Alma Errante”(traduzido do nome original), uma página de Instagram onde publica seus poemas em inglês. Deseja vir a publicar um livro um dia. Tem a amabilidade de responder a 30 perguntas que inquietam qualquer escritor e artista e que, ao longo desta rubrica, vão ser colocadas a vários escritores e artistas. Agradecemos a disponibilidade e a amabilidade do nosso entrevistado em responder a tais perguntas inquietantes. Quem quiser ler os poemas da Catarina, pode carregar neste link. (Como a nossa entrevistada escreve em inglês, esta entrevista terá uma versão portuguesa e uma versão em inglês. Se és estrangeiro ou não tens apenas grande fluência em português, avança a versão portuguesa à frente e lê a versão em inglês). [EN] Born in Oporto in 1997, Catarina Figueiredo is a female poet who’s searching for her own place in Literature. Graduated in European Languages and Literatures by the University of Minho, she aspires to become a teacher and give kids lessons of English language. Since early that she fell I love with tales and it was through books that she started writing poetry during her teenagerhood. In 2021, she created “Thoughts of a Wandering Soul”, an Instagram’s page where she posts her poems (written in English). She desires to publish a book someday. She’s kind enough to answer 30 questions that disquiets every writer and artist and that, along this rubric, will be questioned to several writers and artists. We thank our guest for being available and kind enough to answer such disquieting questions. Those who are interested in reading Catarina's poems can do it through this link. (Due to the fact that our guest writes in English, this interview will have a Portuguese version and an English version. If you’re foreign or if you just don’t have enough fluency in Portuguese language, just skip the Portuguese version and keep scrolling until you reach the English translation.) [PT] Sarcasmos Irónicos: Quando é que ganhou interesse pela literatura? Catarina Figueiredo: Quando crianças, nosso primeiro encontro com a Literatura começa com aquelas páginas coloridas extra cheias de desenhos e com muito pouco texto. Não fui exceção no que toca a essa introdução e acabei viciada nos clássicos contos de fadas. Sempre andei com a cabeça nas nuvens, portanto, quando descobri que podia levar comigo portais que levam para diferentes (e frequentemente melhores) mundos, abracei alegremente a oportunidade. Os livros ganharam um lugar particularmente especial quando comecei a adoecer durante os tempos de liceu. Li muita ficção jovem-adulta que me ajudou a lidar com a minha mentalidade definhante. Foi também nessa altura que comecei a escrever poesia. SI: Quais são as suas inspirações quando escreve? CF: Quando estou à procura de inspiração, acabo por ler obras góticas e românticas e por ouvir músicas dos mesmos géneros. SI: Costuma planear um livro? CF: Nunca publiquei um livro. Contudo, estou a tentar escrever um neste momento. Não sinto uma necessidade tão forte de estruturação lógica e extenuante. Meu conceito consiste em tentar escrever um poema por dia durante, pelo menos, um ano sem ser muito crítica em relação ao resultado. Pode parecer absurdo, mas faz sentido para mim apenas deixar as palavras fluir para onde quer que elas desejem fluir, permitindo a existência de uma gama vasta de estilos e temáticas que, a meu ver, refletem a forma como os pensamentos e sentimentos mudam com o tempo e a forma distinta como experienciamos cada dia das nossas vidas. Não será um daqueles livros relacionáveis e inspiradores, mas mais uma jornada íntima protagonizada por apenas mais uma alma errante que tenta expressar-se a si própria. Daí o nome que dei à minha página de Instagram: @thoughts_of_a_wandering_soul (em português, “pensamentos de uma alma errante”). SI: Quando tem de/quer escrever, mas não tem ideias, o que faz? CF: Não forço. Também não pretendo tornar esta minha terapia de tempos livres noutra obrigação da vida. Isso iria apenas arruinar-me. SI: Na sua opinião, qual o papel da literatura na formação das pessoas? CF: Eu vejo-a como uma estrela no céu noturno que nos guia para norte, por muito cliché que possa soar. Cada indivíduo deve construir neste mundo um interesse pela leitura, seja que interesse for. Queres ler uma adaptação romântica e sentimental após ver o filme? Sendo assim, fico feliz por quereres fazer tal coisa. Independentemente daquilo que te tenha trazido para a leitura, eu fico feliz por ti. É uma excelente forma de exercitares a tua mente, de desenvolver o teu pensamento crítico ou de simplesmente fugir durante alguns momentos das responsabilidades da vida diária. A Literatura é uma forma de expressão, uma forma de conetar com os nossos semelhantes que possam estar interessados naquilo que tens para dizer. Ela molda o mundo, penetrando na mente humana de uma forma que nenhuma outra forma de arte consegue fazer. SI: Como devemos despertar o gosto pela leitura nas pessoas? CF: Despertando-lhes desde novos. A leitura ainda carrega algum estigma em torno de si própria enquanto algo que é aborrecido de se fazer, enquanto último abrigo quando a TV e a Internet não estão operacionais. A sociedade tornou-se preguiçosa… A leitura mais parece uma obrigação, principalmente pelo facto de sermos forçados a ler desde tenra idade. Os livros obrigatórios são frequentemente os primeiros livros que lemos. Precisamos de mudar isso, de providenciar às crianças um vasto leque de títulos e géneros e pedir-lhes que peguem naquilo que mais lhe salta à vista. Apenas depois disso é que passamos aos clássicos, de forma que os mesmos sejam valorizados sob uma diferente mentalidade. SI: Que tipo de obras não devem faltar numa biblioteca? CF: Variedade! Precisamos de diversidade. Mais línguas, mais estilos, mais inovação. Um dia destes, descobri um livro (cujo título não recordo) que me saltou à vista. Maioritariamente com desenhos, poucas palavras, significado intrincado. À primeira vista, qualquer pessoa assumiria que foi feito para crianças. Ainda assim, não fui. Por vezes, menos é mais. SI: Quais os seus critérios na escolha de um livro para ler? CF: Por vezes, sinto que não deveria ser assim, mas uma boa capa ainda é um grande fator para mim. Afinal de contas, porque não haveria de ser? Os seres humanos são criaturas visuais, sendo que um título invulgar e uma capa elaborada é algo obrigatório para mim. SI: Qual é a para si a importância de uma boa capa? Acha que uma bela capa atrai leitores ou acha que estraga a obra? CF: Tem de ser algo chamativo, mas feito com bom gosto, isto é, para que se conecte com o conteúdo. Odeio encontra livros com capas interessantes, mas que, depois que os lês, as capas acabam por não fazer sentido. SI: Gosta de capas mais bonitas e “românticas"/”impressionistas" ou de capas mais gráficas e arrojadas? (Exemplos: capas de Lesley Pearse vs capas de Murakami) CF: Ambos. Depende do estado de espírito em que estou quando visito uma livraria. SI: Quais são as características de um bom texto? CF: Um bom texto comunica aquilo que queres comunicar sem dar demasiadas voltas ao assunto. SI: Prefere uma escrita mais psicológica (estilo fluxo de consciência) ou uma escrita mais quotidiana? CF: A segunda hipótese. SI: Qual a relação entre o autor e a obra? Deve haver um distanciamento ou uma comunhão entre ambos os “polos”? CF: Diria que depende do que estás a tentar fazer com a tua escrita. Desejas conectar-te com aquilo que estás a expressar ou preferes antes permanecer nos bastidores, deixando apenas que a coisa se revele? Adotar uma posição ativa adicionaria algo ou apenas tornaria a coisa em algo confuso e demasiado focado na tua própria perspetiva em relação ao assunto que tens em mãos? SI: Qual a relação entre o autor-pessoa e o autor-entidade ficcional? Podem ser a mesma pessoa ou precisam de personalidades diferentes? CF: Podem ser a mesma pessoa ou mover-se em direções completamente diferentes. Em última análise, tudo depende naquilo que o escritor está a tentar comunicar. Talvez ele deseje lutar propositadamente contra o seu padrão pessoal de pensamento ao tocar no outro lado do espelho e criar uma entidade que vai contra tudo aquilo no qual ele acredita. Afinal de contas, Pessoa disse para si mesmo: “O Poeta é um fingidor”. Qualquer pessoa criativa é capaz de simular diferentes personalidades sem perder a sua personalidade original. SI: Como define o seu estilo de escrita? CF: É mais um estilo por toda a parte. SI: Que pensa do tão polémico Novo Acordo Ortográfico? CF: Não acho que seja grande coisa. Ultrapassei isso rapidamente. Há coisas mais urgentes em mãos. SI: Como é, na sua opinião, ser escritor em Portugal? CF: Aqui, lutas, assim como todos lutam em qualquer lugar no mundo artístico, em todo o mundo, mas talvez com o bónus pelo facto de ser num departamento subvalorizado. É quase impossível de fazer vida disso no nosso país. SI: Que acha de pessoas famosas escreverem livros ou pagarem a ghost-writers para o fazer? Acha que isso mata a literatura e os “verdadeiros" escritores? CF: É triste além das palavras. Claro que é! Hoje em dia, todos escrevem livros, algo que deveria ser bom, mas, graças ao trabalho de indivíduos com mentes vazias e ridículas, o ato de publicar um livro não é mais levado a sério. Consegues fazê-lo? Com certeza, mas deves fazê-lo, quando tudo o que virá é uma história mal escrita sobre a forma como tu, um famoso youtuber, perdeste a virgindade (e mais outras histórias)? Não. Tens liberdade de expressão, mas considera o impacto de lançar algo como isso num mundo já minado como o mundo literário. SI: Que relação deve existir entre o cinema e a literatura? CF: Não consigo acentuar suficientemente isto: adaptações próprias. Trabalham de mãos dadas. SI: O que pensa dos remakes e das adaptações? Devem manter-se fiéis ao original ou devem dar um caminho diferente ao enredo? CF: Devem manter-se o quão fiéis possível. SI: Quais as relações possíveis entre a música e a literatura? CF: A música pode ser um condutor para a literatura. Dou frequentemente por mim a ouvir composições instrumentais enquanto escrevo. A literatura dá palavras aos sentimentos que se erguem da música. SI: O que o/a fascina na poesia? CF:O seu aspeto singular, a forma como se destaca no meio de todos os outros géneros de escrita. Acredito na supremacia da poesia. SI: Já pensou alguma vez em escrever em outro estilo? Se sim, qual? CF: O género policial. Adorei tentar a minha sorte na “ficção rápida/ficção de relâmpago” através de um personagem original no contexto de uma aula de Escrita Criativa. Sempre me fascinou particularmente a forma como Conan Doyle narra as suas histórias. SI: Se pudesse ser um livro qualquer já escrito, qual seria? CF: “O Monte dos Ventos Uivantes”, de Emily Brontë. SI: Se pudesse ser uma personagem de um clássico ou não-clássico, qual seria? CF: Luna Lovegood, do “Harry Potter”. Adoro aquela rapariga peculiar. SI: Qual o personagem mais chato que já leu? CF: Alguma vez leste “O Crepúsculo”. Todo o santo personagem é chato. A minha pior leitura de todos os tempos. Não consegui passar do primeiro livro. SI: Qual o poeta/escritor com quem não vai à bola? CF: Tudo o que venha de Nicholas Sparks. Não entendo o mediatismo. SI: Qual a importância dos grandes prémios? Acha-os importantes ou acha que criam pressão sobre um autor através de um mediatismo pouco saudável? CF: Demasiada pressão e nem sempre um julgamento justo. Muito semelhante às notas na escola: elas existem para ser tiradas com uma pitada de sal. SI: Gostaria de ganhar algum prémio em específico? Um Nobel, por exemplo? Quais as suas aspirações? CF: Não, de todo. Apenas quero escrever e ter leitores que me providenciem um feedback. SI: Em jeito de conclusão, que conselho dá a novos escritores e a escritores que ainda estão “no armário"? CF: Os armários são para as roupas, não para vocês. Saiam daí. Agora a sério: escrevam cenários sobres os quais não estejais certos; escrevam o que vos vier à mente. O pior que poderá acontecer é não acabares por não usar isso. -------------------------------------------------------------------- [EN] Ironic Sarcasms: When did you get interested in Literature? Catarina Figueiredo: As children, our first encounter with literature begins with those extra colourful pages, filled with drawings and barely any text. I was no exception to that introduction and found myself getting hooked to the classic fairy tales. I have always had my head in the clouds, so when I found out that I could carry around small portals that lead to different (and often better) worlds, I jumped with glee at the opportunity. Books gained a particularly special place in my heart when I started to get sick in high school. I read a lot of young adult fiction that helped me cope with my declining mentality; It was also around that time, that I took to writing poetry. IS: What are your inspirations every time you write? CF: I find myself reading and listening to Gothic and Romantic genre of authors and music when looking for inspiration. IS: Do you plan a book? CF: I have never published a book, but I am, however, currently trying to write one. I do not feel a strong need for logical and strenuous structurization; my concept is to try and write one poem a day for at least a year, without being too critical of the outcome. It might sound ludicrous, but to me it makes sense to just let the words flow whichever way they wish to; allowing for a considerably wide range of themes and styles, which in my own point of view, perfectly reflect how thoughts and feelings change over time and how we experience each day of our lives in a different way. It will not be one of those super “relatable” and inspirational books, but more so, a personal journey of just another wandering soul, trying to express itself. Hence the name of my Instagram page: @thoughts_of_a_wandering_soul IS: What do you do when you want to write, but you don’t have ideas? CF: I do not force it. As it is not my wish to turn this therapeutic hobby of mine into yet another life obligation; It would ruin it for me. IS: In your opinion, what is the role of Literature in people’s shaping? CF: I view it as the guiding north star in the night sky. (As cliché as it may sound) Each individual in this world should build an interest in reading. Whatever it may be. You want to read a sappy romantic adaptation after watching the movie? Well, I am glad you wish to do that. Whatever it was that got you into reading, I am happy for you; It is an excellent way to exercise your mind; to develop your critical thinking, or simply get away from your daily life’s responsibilities for a while. Literature is a form of expression, a way to connect with fellow humans that might be interested in what you have to say; It moulds the world by penetrating people’s minds like no other form of art can. IS: How can we trigger a taste for reading in people? CF: We start them young. Reading still carries some stigma around it, as being the boring thing to do, the last resort when the internet and tv are down. Society has become lazy… Reading feels like a chore. Mostly because from an early age, we are force fed books. Mandatory reading is often the first books we read. We need to change that; to provide a wider range of titles and genres and ask kids to grab what catches their eye; and only then, move on to the classics, so they can be valued under a different mindset. IS: What kind of books must be available in a library? CF: Variety! We need more diversity. More languages, styles, innovation. One of these days I found a book, I cannot recall its title as I was just perusing, but it caught my eye: Mostly drawings, few words, intricate meaning. At first glance one would assume it was made for a child, and yet it was not. Sometimes less is more… IS: What are your criteria when choosing a book to read? CF: I often feel it should not be like this but: A good cover it is still a big deal for me. After all, why shouldn’t it be? Humans are very visual creatures, so an unusual title and an elaborate cover are a must for me. IS: What is for you the importance of a good cover? Does a beautiful cover bring readers’ attention or does it screw up the work? CF: It needs to be flashy, but tastefully done, that is: To connect with its content. I hate finding books that have interesting covers, and once you read them, the covers make no sense whatsoever. IS: Do you appreciate more beautiful and “romantic”/”impressionist” covers or more graphic and bold covers? (Examples: Lesley Pearse’s covers vs Murakami’s covers) CF: Both. It depends on what mood I am in when visiting a bookstore. IS: What are the characteristics of a good text? CF: A good text conveys the point it is trying to make without taking too many turns around the subject. IS: Do you prefer a more psychological writing (stream of consciousness’s style) or a more “everyday” writing? CF: The latter. IS: What is the relationship between the author and the work? There should be a distance or a communion between these two “poles”? CF: I would say it depends on what you are trying to do with your writing. Do you wish to connect with what you are expressing, or would you rather remain in the backstage, just letting it unfold? Would adopting an active stance add into it, or just make it confusing and too focused on your own perspective over the subject at hand? IS: What is the relationship between the author-person and the author-fictional entity? Can they be the same person or do they need different personalities? CF: They can be the same person or move in completely different directions, ultimately it all depends on what the writer is trying to convey. Maybe he wishes to purposely fight his personal thinking pattern by tapping into the other side of the mirror, and creating an entity that goes against everything he believes in. After all Pessoa said it himself: “The Poet is a pretender”(translated from the original). Any creative person is capable of emulating different personalities, without losing its core one. IS: How do you define your writing style? CF: Very much an all over the place style. IS: What do you think of the New Spelling Agreement? CF: I do not find it to be a big deal. I moved past it quickly. There are more pressing issues at hand. IS: In your opinion, what it’s like to be a writer in Portugal? CF:You struggle here, just like everyone struggles anywhere else in the artistic world, across the globe. But perhaps with a bonus in the being undervalued department. It is near impossible to make a living out of it in this country. IS: What do you think of famous people who write books or pay “ghost-writers” to do it for them? Do you think that it kills the Literature and the “true” writers? CF: It is sad beyond words. Of course, it does! Nowadays everyone is writing books, which should be good, but thanks to the works of so many empty-headed cockamamie individuals out there, the act of publishing a book is not taken seriously anymore. Can you do it? Sure. But should you, if all that is coming out is a poorly written tale of how you, a famous YouTuber, lost your virginity (and other tales)? No. You have freedom of expression but consider the impact of dropping something like that in an already undermined world like the literary one. IS: What kind of relationship should exist between Cinema and Literature? CF: I cannot stress this enough: proper adaptations! Work hand in hand. IS: What do you think of remakes and adaptations? Should they remain faithful to the original or should they give a different course to the plot? CF: Remain as faithful as possible. IS: What possible relationships can we have between Music and Literature? CF: Music can be a conductive for literature; I often find myself listening to instrumental compositions while I write. Literature gives words to the feelings that arouse from music. IS: What fascinates you in poetry? CF: Its uniqueness, the way it stands out amongst all other genres of writing. I believe in Poetry’s supremacy. IS: Have you ever thought about writing in another style? If so, which one? CF: Criminal genre. I enjoyed trying my hand at writing a flash fiction with an Original Character for a creative writing class. I was always particularly fascinated by the way Conan Doyle narrates his stories. IS: If you could be an already written book, what would you be? CF: "Wuthering Heights", by Emily Brontë. IS: If you could be a classic or non-classic character, what would you be? CF: Luna Lovegood from Harry Potter. I love that quirky girl! IS: Which is the most bothering character you read? CF: Ever read "Twilight"? Every single character is boring. My all times worst read. Could not make it past the first book. To which their own I suppose. IS: Which poet/writer can’t you stand? CF: Anything by Nicholas Sparks. I just do not get the appeal. IS: What’s the importance of the major prizes? Do you think they’re important or do you think they put pressure over an author’s shoulders through an unhealthy media coverage? CF: Too much pressure and not always a fair judgement. Much like school grades, they are to be taken with a grain of salt. IS: Would you like to win any specific prize? A Nobel, for example? What are your aspirations? CF: Not at all. Just wish to write and have readers that provide me with feedback. IS: Just to conclude, what advice do you give to the new writers and writers that still are locked “inside the closet”? CF: Closets are for clothes, not you. Get out of there! But on a more serious note: Write scenes you are not sure of; write whatever comes to mind. The worst that can happen is you not ending up using them.
1 Comentário
Rosa Maria
1/8/2021 10:54:27
Amei!!! Acho interessante conhecer um pouco do processo de exteriorização do nosso interior em conflitos existenciais naturais, que podemos usar para sair da zona de conforto e transformar em caminho para algo maior...
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AutorPedro Maia Histórico
Janeiro 2022
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