Considerado um dos maiores clássicos da literatura mundial, esta obra foi escrita na década de 60 do século passado. Gabriel García Márquez, seu autor, ganhou o Prémio Nobel da Literatura em 1982. O enredo, embora fictício, representa uma caracterização da realidade da localidade onde o autor nasceu: Aracataca. A história passa-se na cidade fictícia de Macondo e é baseada na família Buendía. Tudo começa com a fundação de Macondo pela família Buendía. Consta-se que José Arcadio Buendía sonha com este vilarejo junto ao rio quando está fora da sua cidade natal. A família fundadora era constituída por José Arcadio Buendía, Úrsula Iguarán e os seus três filhos: José Arcadio, Aureliano Buendía e Renata Buendía. Mais tarde, surge Rebeca. Além de serem um casal, eram primos e havia o mito de que, caso familiares se casassem, os filhos poderiam nascer com rabos de porco. A esta família juntaram-se outras, formando então a vila de Macondo. Todos os anos, uma família de ciganos ia acampar nos arredores da vila e, em festa, mostrava os novos inventos, despertando a imaginação da população. A história começa com esta geração e vai caminhando por várias gerações. Durante a obra, há uma espécie de curva com início, meio e fim. No início, vem o surgimento da vila. O crescimento e o pico demonstram o crescimento da vila, tornando-se um centro importante na América Latina onde surgem revoluções. A vila torna-se também um centro de prosperidade para onde muitas pessoas vêm viver, aumentando a população e decréscimo onde a vila começa a ficar deserta e em ruínas, representando a solidão das pessoas que vivem lá. Com esta obra, o autor pretende descrever o estado da América Latina como uma parte isolada do mundo onde o conhecimento não chega às pessoas e onde falta o desenvolvimento social, sendo estes causados pela tirania que provoca sofrimento constante. A solidão é parte constante desta obra, principalmente naquela época em que a cidade começa a ficar despovoada. As pessoas, mesmo vivendo entre muita gente, sentiam-se sozinhas e isoladas umas das outras.
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"Terror e Miséria do Terceiro Reich" foi uma peça teatral escrita na época em que a Alemanha era governada pelo nazismo por Bertolt Brecht, encenador, poeta, escritor e dramaturgo alemão. A sua formação- base era Medicina e foi enfermeiro em hospitais de campanha durante o desenrolar da 1ª Guerra Mundial. Durante a sua carreira literária, Brecht baseou-se nas seguintes temáticas: revolução e guerra. Nos seus livros e peças, demonstrava sempre o horror que havia na violência, a maldade que havia naquela época e as privações e medos diante do terror. "Terror e Miséria do Terceiro Reich", escrita entre 1935 e 1938, representa uma época de ascensão nazista, tendo por base a crítica às atuações desse governo. Esta obra foi criada a partir de notícias de jornais e de rádios. Esta peça retrata também o medo, as perseguições, a repressão e o terror criado pelo período nazista vigente na Alemanha naquela época, contendo 24 cenas. Na altura em que esta obra foi publicada, vivia-se uma época onde as liberdades individuais foram proibidas e, por consequência, todo o tipo de liberdades. Esta peça demonstra na prática as consequências que o Nazismo teve na vida dos alemães. “As aventuras de Tom Sawyer” é considerado um clássico da Literatura. O enredo aborda todas as aventuras de Tom Sawyer que, apesar de todas as suas matreirices e de todos os sarilhos em que se mete juntamente com Huckleberry Finn, revela ser corajoso e um coração de ouro. Vive com a sua tia Polly e os seus primos junto às margens do rio Mississípi. Durante as suas brincadeiras, desfrutam de locais como cavernas, cemitérios, casas mal-assombradas e ilhas desertas. Em certos momentos são piratas e índios; em outros, fingem ser Robin Hood, caçam tesouros e formam um gangue cujo objetivo é ficar ricos. Mark Twain nasceu em 1835 e faleceu em 1910, tendo como nome original Samuel Langhorne Clemens. Twain iniciou a sua vida profissional como aprendiz de tipógrafo, colaborando com artigos para o jornal do seu irmão mais velho: o "Hannibal Journal". A sua carreira de escritor começou quando escreveu o conto “A Célebre Rã Saltadora do Condado de Calaveras”, publicado no "Evening Press". Em 1867, escreveu “Os Inocentes no Estrangeiro” e o seu conteúdo é o resultado das suas viagens por França, Itália e Palestina. O livro “As aventuras de Tom Sawyer” foi a obra de consagração de Mark Twain, focando-se para a literatura juvenil. Em 1883, escreve dois livros intitulados “Vida no Mississipi” e “As Aventuras de Huckleberry Finn”. "A República", obra de Platão, está dividida em 10 partes. No Livro I, temos o prólogo, onde é colocada a problemática da justiça. Nos livros II, III e IV, pretende-se definir a justiça, criando a cidade perfeita que não existe nem existiu em momento algum. Já nos livros V, VI e VII, o filósofo grego aborda a organização da cidade, bem como a constituição do seu governo, as qualidades que os magistrados devem possuir e a sua educação. Nos livros VIII e IX, reparamos que as vantagens da justiça são superiores aos males criados pelas injustiças. Há uma análise e respetiva descrição das cidades que são justas e das que são injustas, dos seus males e do que as leva à ruína. No Livro X, este relata a felicidade que a sabedoria permite e as recompensas que uma mente justa terá. É do Livro VII que provém a "Alegoria da Caverna". Esta alegoria dá importância sobre a importância do conhecimento e a saída da posição cómoda dos costumes e tradições. A cidade é intitulada de "Cidade Bela" e apresenta uma nova aristocracia que é representada por um Rei-Filósofo. Os magistrados, nomeados para governar a cidade, teriam uma apetência natural para adquirir o conhecimento. Para Sócrates, a democracia em vigor é injusta, pois permite que pessoas ignorantes tenham o mesmo valor que pessoas sábias. E porque é que ele considera ser injusta? Porque a maioria (que é a base da democracia) pode estar equivocada sobre determinado assunto por não possuir conhecimento suficiente. A justiça é um dos principais conceitos a serem estudados nesta obra, pois, segundo Platão, a justiça é a maior das virtudes. "A Casa do Pó” foi um romance escrito em 1986 por Fernando Campos e tem como personagem principal Frei Pantaleão de Aveiro. No enredo, Frei Pantaleão desconhece o seu passado e as suas raízes familiares. O mesmo traz consigo um medalhão ao peito com um enigma que pretende descobrir ao longo do seu percurso de vida. Este romance contextualiza-se no Portugal do século XVI e é protagonizado por membros da nobreza que faziam parte das cortes de D. Manuel I e D. João III. Para além do nosso país, também passa pela Palestina, Veneza, Turquia e Espanha, caracterizando todas as aventuras de Frei Pantaleão. Fernando Campos foi escritor, investigador e docente no ensino secundário. Cursou Filosofia Clássica em Coimbra. Entre as obras escritas por ele, destacam-se "A Redação" (orientação e exercícios) (1968); "O Arinteiro de el-Rei" e a "Vida de S. Teotónio", uma Fonte de Os Lusíada?" (1972) e a antologia "Prosadores Religiosos do Século XVI" (1950). O livro “A Casa do Pó” foi publicado em 1986. Entre 1987 e 1990, escreveu "O Homem da Máquina de Escrever" e "Psiché" (1987) e "O Pesadelo de Deus" (1990). Em 1995, escreveu "A Esmeralda Partida", livro que lhe valeu o prémio Eça de Queirós. Após este prémio, ainda lançou as seguintes obras: "Viagens ao Ponto de Fuga" (1999), "A Ponte dos Suspiros" (2000) e "O Prisioneiro da Torre" (2003). A obra "1984" é considerada um clássico de George Orwell, bem como uma das obras fulcrais do género do romance distópico. Este livro tem um contexto histórico relevante e aborda uma temática sobejamente importante: o totalitarismo. Ora, através de um romance e de uma narração ficcional, Orwell é capaz de criar uma realidade social distinta e um conceito de totalitarismo com base na experiência vivida durante a revolução espanhola. A Guerra Civil Espanhola, evento que decorreu entre 1936 e 1939 e no qual Orwell participa (e se baseia para publicar este clássico), colocou os defensores da República contra o movimento fascista de Franco. O principal objetivo do livro é criticar as ações tomadas pelos regimes totalitários e o impacto que estes regimes causam nas respetivas sociedades. Orwell alerta para a aceitação das ideias totalitárias não só pela sociedade, mas também pelos intelectuais de todas as áreas e campos de pensamentos. Este alerta revela-se como um dos temas centrais, pois descreve pormenorizadamente as experiências políticas e sociais que o autor vivenciou durante a sua estadia nesses ambientes. George Orwell foi jornalista de rádio na BBC, editor literário e articulista dos jornais "Tribune" e "Le Monde", além de crítico da Revista "New Adelphi". Há também nesta obra um alerta e uma crítica dirigida à comunicação social. A critica consiste no facto de que não é bom para a sociedade que a comunicação social unifique pensamentos e crie regras de conduta como se tudo fosse uma espécie de lavagem cerebral. A persuasão ideológica, como também é mostrado na obra, pode causar passividade nas sociedades e, juntamente com a lavagem cerebral, pode tornar o totalitarismo numa realidade. Algumas expressões marcantes no livro são as seguintes: "Guerra é paz Liberdade é Escravidão Ignorância é força" No enredo, o mundo divide-se em 3 bloco continentais: Eurásia, Lestásia e, o maior deles, a Oceânia, que abrange as Américas, o Sul de África, a Oceânia e o Reino Unido. A Oceânia está sempre em guerra, ora com a Eurásia ora com Lestásia. Os documentos oficiais e as notícias eram falsificadas e as pessoas eram sobejamente influenciáveis. A história era apagada, assim como a verdade que tanto era apagada como era alterada e falsificada como, por exemplo, os factos históricos. Não havia passado. O amor era estritamente proibido e não se podia criar laços, sendo que só se poderia ter filhos caso fosse em prol do Partido. Havia, de certa forma, uma solidão coletiva. Quem desobedecesse era torturado e "evaporado" sem deixar rasto. Os maiores crimes eram denominados "crime pensantes ". A sala 101 (inspirada numa sala da BBC) era a zona de tortura. Winston Smith, a personagem principal do enredo, faz parte do Partido, grupo que detém o poder total e soberano da Oceânia. Tudo o que acontece é monitorizado pelos telecrãs que estão em todos os lados, inclusive dentro das casas das pessoas. Para além de filmarem todos os movimentos das pessoas, transmitem noticias, eventos e músicas, sendo tudo controlado pelo Partido. O líder do Partido e governante da Oceânia chama-se "Big Brother" (o "Grande Irmão"). Durante a obra, não dá para perceber se o Big Brother efetivamente existe. O poder do Partido é dividido em quatro ministérios: o Ministério da Verdade, que tinha a incumbência de manipular notícias, a cultura e a instrução; o Ministério da Riqueza, que abrangia toda a vertente económica; o Ministério do Amor, que servia para manter a ordem e o Ministério da Paz, que servia para tratar da guerra. Toda a história se vai basear num confronto emblemático entre Winston e o Grande Irmão. Durante o enredo, são muito marcantes as constantes lembranças de Winston do pré-revolução e da imagem da sua mãe e da sua irmã. Comete dois crimes essenciais: escrever um diário fora do alcance visual do telecrã e conhece Julia, estabelecendo uma relação amorosa que quebra as regras do Partido, pois, como referido acima, as relações entre pessoas eram proibidas. Em suma, é um livro de leitura obrigatória para quem gosta do género literário distópico. |
AutorEscreva algo sobre si mesmo. Não precisa ser extravagante, apenas uma visão geral. Histórico
Janeiro 2022
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