Escrito em 1901, é considerado o último livro de Eça de Queirós e um dos mais importantes livros do mesmo. Nesta fase da sua carreira literária, Eça dá seguimento ao seu rigor realista sobre a sociedade portuguesa. A narrativa tem como início a história de D. Galião que, após ser auxiliado pelo infante dom Miguel, torna-se seu partidário. Após Dom Pedro voltar do Brasil para, em 1831, retornar ao trono e destronar Dom Miguel, Galião parte para Paris, cidade então considerada como sendo a capital da Europa e o centro do mundo. Nesta obra predomina a dualidade "campo/cidade", sendo este tópico o cerne desta obra. Distingue-se frequentemente entre a vida tranquila e sábia do campo e a vida urbana cheia da agitação fútil da cidade. No romance, verifica-se a admiração de Zé Fernandes (melhor amigo de Jacinto) com as inovações e as novas tecnologias existentes em Paris. Quando Jacinto, o protagonista da história, volta a Portugal, encontra um mundo completamente diferente do que estava habituado em Paris. Em suma, esta dualidade "campo/cidade" representa uma grande tradição nas obras literárias na época e é recorrente nas obras de Eça de Queirós. Nesta obra em específico, o autor coloca em frente do leitor as futilidades que reinavam em Paris.
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AutorEscreva algo sobre si mesmo. Não precisa ser extravagante, apenas uma visão geral. Histórico
Janeiro 2022
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